Twitter em 2022: entenda o ano mais polêmico da rede e o que profissionais de Marketing precisam considerar

retrospectiva twitter 2022

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Com certeza, 2022 não foi um ano monótono para a rede social do passarinho azul. Além de todas as polêmicas que costumam ser assunto no Twitter, de celebridades a política, a maior pauta foi a própria rede, adquirida por Elon Musk após uma verdadeira saga envolvendo sua compra.

Mas as movimentações não pararam por aí. O novo dono continuou sendo controverso, demitindo centenas de funcionários, prometendo mudanças duvidosas e suspendendo contas de jornalistas que criticavam suas ações.

Uma das mais recentes alterações prometidas por Elon Musk é o limite de caracteres. Ele pretende aumentar a capacidade dos tweets de 280 para 4000 caracteres, descaracterizando o principal atributo da rede: ser um serviço de microblog.

A seguir, confira tudo o que aconteceu no Twitter em 2022 envolvendo sua venda, as consequências conhecidas até agora e como as marcas podem reagir.

Elon Musk começa a comprar ações do Twitter

Tudo começou em janeiro, quando Elon Musk iniciou a compra de ações do Twitter quase diariamente, chegando a deter 5% da rede social em março. Ao atingir esse limite, Musk deveria divulgar publicamente a compra, segundo Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. 

No entanto, Musk atrasou a divulgação formal, que aconteceu só em abril. Essa manobra permitiu a ele adquirir mais 4,2% do Twitter antes que a notícia aumentasse o valor das ações.

Ao deter 9,2% da rede social, Elon Musk passou a ser seu maior acionista. Como consequência, foi nomeado para o conselho de administração da empresa, mas recusou o convite, mesmo após twittar diversas propostas de mudança em sua conta pessoal.

Twitter é vendido por $44 bilhões

Ainda em abril, Elon Musk ofereceu comprar o Twitter por $44 bilhões, proposta aceita pelo conselho da empresa. No entanto, em maio, Musk paralisou a compra e, em julho, informou seus planos de desistir, ao questionar a quantidade de usuários fake e desengajados da rede.

Iniciava-se, então, uma batalha judicial para que o empreendedor honrasse sua proposta inicial e adquirisse a rede social. A disputa durou até outubro, quando Musk cumpriu o acordo e adquiriu o Twitter pelo valor oferecido inicialmente, após prazo estipulado pela justiça americana.

Musk inicia dezenas de alterações no Twitter

A rede social já estava trabalhando na implementação de algumas funcionalidades, como o botão de edição e a possibilidade de optar por um feed cronológico.

A entrada de Musk, no entanto, trouxe alterações muito mais controversas. Veja algumas delas:

Política de desinformação sobre a COVID-19

Quase um mês após a compra do Twitter por Elon Musk, a rede social informou que não iria mais aplicar a política de informações enganosas sobre a COVID-19.

Na prática, o site não vai mais sinalizar tweets que espalham desinformação sobre o assunto, causando preocupação em usuários, imprensa e órgãos públicos, já que é uma das redes sociais mais usadas em todo o mundo.

Twitter Blue

Após uma tentativa desastrosa de disponibilizar contas verificadas para qualquer usuário – sem qualquer checagem de informações – o Twitter voltou com essa possibilidade. O Twitter Blue permite que usuários comprem o selo azul por $8 ao mês. Se a compra for realizada via iOS, o valor aumenta para $11 ao mês.

A possibilidade ainda não está disponível para todos os países. Mas, para comprar um selo azul, será preciso apenas autenticar o número de celular e o usuário não pode mudar informações como foto e nome nos sete dias anteriores à compra.

Além das mudanças a respeito do selo azul, também foram criados selos coloridos, que ainda estão sendo implementados: dourado para negócios e cinza para governos e contas multilaterais.

Aumento de caracteres

Outra mudança anunciada recentemente é o aumento de caracteres. Em resposta a um usuário no Twitter, Elon confirmou que a rede vai aumentar o limite de texto de 280 para 4000 caracteres.

A mudança ainda não deu as caras e nem se sabe quando e como deve acontecer. No entanto, parece estar relacionada à tentativa de influenciar os usuários a usar a própria ferramenta para compartilhar textos maiores, ao invés de recorrer a prints de apps de texto.

Links para outras redes sociais

O site também anunciou que irá proibir a inclusão de links de outras redes sociais em tweets, com o objetivo de promovê-las. Entre as redes, estariam Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel, Post e Nostr.

Já as chamadas postagens cruzadas, como a inclusão de vídeos do YouTube em um Tweet, não serão proibidas.

As polêmicas em torno da plataforma continuam

Além das alterações anunciadas, muitas vezes na própria conta de Musk, o Twitter também passa por problemas internos após a sua chegada.

Um deles é a demissão em massa via e-mail, seguida de uma leva de demissões súbitas e pedidos de demissão. Em meio a tanta confusão, a área de Recursos Humanos do Twitter precisou criar uma nova categoria interna, a “rescisão acidental”, já que áreas vitais ficaram sem funcionários.

Ainda, o Trust and Safety Council, conselho criado para auxiliar no combate a discursos de ódio na plataforma, foi dissolvido. Como resultado, a rede social já parece encarar uma crescente onda de discurso de ódio, que aumentou drasticamente sob a administração de Elon Musk, segundo levantamento de grupos como Center for Countering Digital Hate e a Anti-Defamation League.

Outra controvérsia, dessa vez envolvendo usuários, foi o banimento de contas de jornalistas de veículos como The New York Times e Washington Post, que emitiram opiniões contrárias às ideias de Musk. 

Essa ação foi duramente criticada, inclusive por órgãos públicos europeus, já que atenta contra a liberdade de imprensa. Um exemplo é o tweet de Vera Jourova, vice-presidente de valores e transparência da Comissão Europeia:

Elon Musk justifica suas ações sob o pretexto de melhorar o desempenho do Twitter e alcançar mais usuários.

No entanto, tem causado confusão por onde passa. Seja pela implementação repentina de ideias sem considerar suas consequências, seja ao criar um ambiente mais propício para opiniões extremistas.

Alguns dias atrás, Musk disse que o Twitter removerá tweets que promovem plataformas de mídia social rivais. A ideia é evitar a “promoção gratuita” de outras plataformas como Instagram, Facebook e Mastodon.

E ontem, Musk abriu uma enquete no Twitter perguntando à comunidade se ele deveria deixar o cargo de CEO da empresa. Ele prometeu acatar os resultados da votação. A maioria das pessoas respondeu “sim”. Vamos ver o que acontece a seguir.

O que profissionais de Marketing podem esperar para 2023?

Com tantas novidades, muitas negativas, o Twitter parece encerrar o ano sem saber como o próximo será. E para os profissionais de Marketing não é diferente, fica difícil entender os rumos que a rede está tomando.

Uma das grandes preocupações de todos é que o Twitter flexibilize tanto suas regras que passe a ser terra fértil para fake news e discursos de ódio.

Além de analisar se uma rede social entrega os resultados que uma marca pretende atingir, é importante entender o quanto estar presente nesse ambiente pode trazer consequências nocivas.

Afinal de contas, nenhuma empresa quer fazer parte de uma rede que propaga conteúdo extremista e desinformação.

A nós, portanto, cabe continuar acompanhando os desdobramentos e reavaliar o investimento na rede social do passarinho azul – pelo menos até que ela volte a ser um ambiente estável e seguro para as marcas e usuários. 

Como alternativa, para aquelas marcas que veem sentido em manter presença em uma rede social de microblog, é possível avaliar a migração para sites que despontaram como possíveis substitutos: Mastodon e Koo.

Lembrem-se de planejar essa mudança e entender se ela realmente faz sentido para o seu público e seus objetivos de Marketing. No final das contas, cabe às marcas definir onde e quando produzir conteúdo, atentando-se para os desdobramentos dessa decisão.

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